sábado, 1 de outubro de 2011

PESCA NO CAMPING

O LAMBARI


Lambari – Nome Científico Astianax SSP – Família: Characidae

Os lambaris são peixes de água doce que vivem em cardumes. São astutos, malandros, espertos, vorazes, territoriais, vigorosos, resistentes e extremamente reprodutores. Alimentam-se de quase tudo dependendo da região, das suas necessidades e da época do ano. Preferem águas limpas e frias. São desafiadores dos pescadores mais experientes e muito saborosos.

São também alimentos naturais para muitos outros animais e peixes tais como: dourados, cachorras, pintados (família dos grandes bagres), traíras, serpentes, anfíbios, aves das famílias das garças, etc.

São conhecidos no Brasil como: tambiú, piaba, piabinha, piava, piavinha, etc. Os mais famosos são os de rabos amarelados/avermelhados com em média 7cms de comprimento. Alguns espécimes ou parentes chegam aos 20cms (em média) de comprimento pescados aqui nas represas de São Paulo.

São predadores terríveis das ovas de outros peixes. Uma bolinha de sagu imita perfeitamente uma ova de peixe que atrai e engana o lambari.

Eles têm faro capaz de localizar um alimento a mais de 100m de distancia rio acima ou até 500m de distancia da isca em represas.

As iscas mais comuns que os pescadores utilizam são: minhocas finas ou em pedaços, pedacinhos de queijos de mussarela, pedacinhos de queijo prato, pedacinhos de queijo minas semi curado, pedacinhos de queijo parmesão, pedacinhos de queijo provolone, bichinho do pão ou da laranja, iscas de macarrão cozidos próprios para lambaris, macinhas sabor queijo, miolinhos de Pães molhados ao leite curtidos com queijo ralado, miolinho do grão do milho verde, arroz cozido sabor queijo, larvas de frutas e coquinhos, aleluias/ciriluias(infalíveis), etc.

As iscas de macarrão para lambaris devem ser cozidos preferencialmente com água e leite (meio a meio) misturado e com uma pequena porção de queijo ralado bem fino.

Tem gente que afirma que o lambari é um peixe fácil de ser capturado. Minha opinião é que pescadores de lambaris são velhacos na modalidade. Assim mesmo muitos pescadores espertos já comprovaram que, pela esperteza do peixe, se vacilar, as iscas vão embora mesmo e nem percebem!

As cevas:

Já fiz muitas cevas! Usei cevas de tudo que me indicaram. Mas a melhor mesmo foi quando guardei no freezer aqui em casa os restos de queijos. Todas as cascas retiradas e pedaços de queijos velhos foram guardados no freezer. Depois de uns 2 quilos juntados de restos de queijos, cozinhei tudo com leite até ficar uma massa relativamente dura quando fria. Depois de fria guardei novamente no freezer. Antes da pesca coloquei a massa num saco de algodão furadinho, amarrei uma corda na boca fechada, amarrei a ponta da corda num arbusto e joguei na beira do rio ou represa. OS LAMBARIS FICARAM MALUCOS! Na hora da pesca, retire a ceva!

Quando for embora, jogue a ceva novamente na água do rio ou represa. Se for pescar novamente no dia seguinte deixe a ceva no local e retire antes da pesca. Se não, deixe a seva lá e leve outra na próxima pescaria. Não use matériais sintéticos na seva ou na sua embalagem.

A ceva de quirera só funciona se for bem moída! Num saquinho de papel pardo de pipocas médio, coloque a quirera ou milharina misturada com uma colher de sobremesa que queijo ralado. Misture bem e coloque junto uma pedra para que quando jogar na água o saquinho afunde. Funciona mesmo!

O material de pesca:

As varas lisas (bambu ou fibra) devem ser finas e terem tamanhos entre 2 e 3 metros. Devem ser firmes ou duras. Não use varas muito flexíveis que dificultam a sensibilidade da fisgada.

Se você estiver pescando ao nível da água rasa use varas até 2,60m com linha até no máximo 0,50cm de comprimento maior que a vara. Se pescar em barrancos altos use varas também finas com até 3m de comprimento e também linhas com até 0,50cm de comprimento maior que a vara.

As linhas mais utilizadas são as 0,15mm, 0,18mm, 0,20mm ou no máximo 0,25mm. Use de preferência as linhas semi flexíveis facilmente encontradas no mercado.

Tem gente que prefere o uso de bóias de isopor ou outras. Não importa! A pesca com ou sem bóias são igualmente produtivas. O uso de bóias depende também do local da pesca. O pescador deve testar todas as modalidades possíveis.

O anzol deve ter o tamanho em média do chamado mosquitinho com farpa ou ferpa. Isso por que os lambaris se debatem muito quando são fisgados. Sem as farpas, eles escapam dos anzóis ao se debaterem dentro ou fora d’água. O tamanho do anzol depende também do tamanho dos lambaris da região que você pesca.

Mais

Os lambaris são mais fáceis de capturar nas partes sombrias dos rios ou represas. Eles gostam muito das sombras das moitas e árvores nas beiras d’água. Os maiores lambaris se arriscam a noite! Por isso, a maioria dos grandes são pescados a noite. Caso ali onde você pesca não exista sombras, improvise uma colocando sobre a água alguns ramos de árvores ou arbustos. Na hora não funciona! Os peixes vão se acostumando aos poucos com aquela sombra. Ramos de bambus é ideal. Evite pescar quando sua sobra bate na água. Isso espanta os peixes.

A maior incidência de lambaris se dá na parte na manhã, final da tarde e a noite. Entre 10hs e 16hs os lambaris diminuem suas atividades principalmente quando em dias de sol forte. Entre esses horários, pesca-se menos lambaris, entre outros peixes. O ideal mesmo é pescar ao amanhecer e ou ao entardecer.

Um detalhe importante é envolver a isca, seja ela qual for, bem ao entorno do anzol. O mais fino e menor possível cobrindo todo o metal. Não deixe sobras e cubra a ponta do anzol. O lambari costuma puxar ou beliscar primeiramente, antes de morder toda a isca. Se a isca for grande ou bem maior que o anzol o peixe vai conseguir arrancá-la sem ser fisgado.

Tenho um amigo desde os anos 80 (João Grandão) sósia impressionante do cantor Sérgio Reis. Esse sim é um exímio na arte e especialista na pesca de lambaris além de outros muitos peixes! É um estudioso e profissional nessa parte. Esse amigo me ensinou e, na seqüencia aprendi o seguinte: com uma vara de bambu ou fibra comuns ou vara com molinete (extra leve), linha 0,18mm, empate ou chicote 0,25mm de 0,80cm de comprimento, coloca-se de 1 a 5 anzóis com distancias de 15cms entre eles e, uma chumbada na ponta desse empate. Uma chumbada relativamente leve e afinada para melhorar os arremessos. Nos anzóis são colocadas miçangas pequenas somente amarelas. Outras cores não funcionam bem! As miçangas são introduzidas nos anzóis de modo a passarem pelas farpas e não saírem mais. É IMPRESSIONANTE! A cada fisgada, vêm de 2 a 3 peixes no mínimo. Chegamos a pegar várias vezes num só dia, mais de 1000 lambaris no pesqueiro Tomodathi aqui no ABCD na região da grande São Paulo.
O assunto aqui é falar de iscas e não do peixe ou modalidades da pesca que você conhece até melhor que eu. Aqui em São Paulo uso várias iscas tais como: Bichinhos do pão ou da laranja criados aqui em casa, minhoca comum ou minhoca Califórnia em pedacinhos, minhoca capetinha (aquela fina e bravinha), a formiga carregadeira ou seus ovos, massas caseiras, grão de milho verde novinhos, macarrão próprio, espaguetes cozidos e cortados em pedacinhos, pedacinhos de queijos de vários tipos, insetos e suas larvas e ovos, o sagu de mandioca, entre outros.
Particularmente o sagu é o que prefiro em preparar em casa. Entretanto o problema é que qualquer marca no mercado o seu tamanho é do "tipo 1". Que depois de cozido, a meu ver não fica no tamanho ideal para a pesca do lambari rabo amarelo/vermelho ou chamado "reloginho", etc., existentes em todo o Brasil.
Descobri na internet um macete para diminuir o tamanho das bolinhas de sagu:
1) Numa panela para 3 litros de capacidade, ferva entre 1,5 á 2litros de água;2) Depois de fervida a água, coloque de 100 á 200 gramas do sagu cru e deixe cozinhando por 20 minutos;3) Passado este tempo, acrescente duas colheres de sopa de açúcar e o sumo de 1 ou 2 limões, e ferva por mais 20 minutos;4)Na segunda etapa, verifique se as bolinhas estão ficando incolores, use um garfo comum ou escumadeira para retirá-las da fervura. As bolinhas devem estar incolores por fora e pouco esbranquiçadas por dentro, imitando uma ova de peixe;5) Quando as bolinhas ficarem incolores homogeneamente, o sagu (isca) está pronto.6) Depois, coe o sagu numa peneira ou escorredor de macarrão com furos pequenos e a seguir lave-os em abundância com a água fria da torneira, para retirar a goma existente;7) Finalmente, para soltar as bolinhas, misture-as em fubá bem amarelo, misturado com uma colher de queijo ralado (preferência em pó fino), usando os dedos das mãos frios para isso. Depois peneire o sagu novamente para retirar o excesso de fubá. Preferencialmente, bata antes no liquidificador o fubá e o queijo ralado até ficarem muito bem misturados e em pós finíssimos.
IMPORTANTE; Quanto mais amarelo o sagu ficar é melhor! Tem quem prefira colori-los artificialmente. Então use corante amarelo comestível líquido ou em pó. Eles existem em várias cores, mas os mais usados são os amarelos, laranjas ou vermelhos. E para isto, separe a quantidade que quer colorir, jogue o corante em cima e misture. Somente depois, separe-os (sagus) no fubá, conforme acima. Se preferir, adicione o corante ao fubá e queijo quando for liquidificar.
Como o sagu é preparado normalmente à véspera, muitas vezes na noite que a antecede a pescaria é provável que ele endureça. Então faça o seguinte:a) Ao peneirá-los (os sagus) no fubá deixe um pouco mais umedecido, então o sagu ficará no ponto. Entretanto, se na pescaria ele ficar muito mole, retire uma quantidade da embalagem da pesca e deixe no sol, ele voltará a ficar consistente.
b) Se ficar "duro" de fato, então ferva um pouco de água, peneire o sagu novamente, passe-o em água corrente e coloque-o na água fervida por até 3minutos e ele voltará ao ponto ideal. Repasse no fubá com queijoFaço isto sempre e o sagu fica num tamanho de uns 4mm. Tamanho esse ideal para fixar no anzol.

Essa receita é principalmente para a pesca de lambaris onde no local não existam iscas naturais.

Para saber se o ponto de cozimento esta exato, ao enfiar o anzol, o sagu não pode quebrar ou se desmanchar.

Somente depois de algumas tentativas, acha-se o ponto exato do sagu. Não desista!

O tempo de cozimento do sagu e a foto acima foram colhidos da internet. Dependendo da marca do sagu o tempo de cozimento deve variar um pouco.

O sagu é barato prático e divertido de preparar, vale apena tentar!

Receita infalível da massinha caseira:

Misture: 2 xícaras de faria de trigo, 1 colher das de sopa de fubá, uma colher das de café bem cheia de queijo ralado fino, leite e se possível sangue de carne bovina que sempre escorre dos bifes antes de frita-los e casa. Depois de misturar bem a farinha de trigo, o fubá e o queijo, adicione aos poucos o leite e o sangue dos bifes (se tiver). Caso não tenha o sangue, não se preocupe. Use somente o leite! Mexendo bem os sólidos, acrescente aos poucos os líquidos até formar uma bola relativamente macia. Quando terminar, coloque na geladeira para manter fria até o dia da pesca. O uso do sangue nessa receita pode atrair outros peixes tais como: tilápias, carás, piaus, bagres, pacus, etc. Se preferir mesmo só os lambaris, não use o sangue!

Conheci na região da Serra da Mantiqueira (Cidade de Joanópolis/SP), o proprietário de um sítio que instalou uma lâmpada bem branca colocada (fluorescente econômica de 20W protegida das chuvas e ventos) bem próxima da água de um riozinho de uns 7m de largura. Essa lâmpada ligada atraia os insetos que caiam na água e alimentavam os peixes ali existentes durante toda a noite. Fiquei impressionado com esse tipo de ceva natural. Os peixes não saiam dali nem durante o dia. Muitos lambaris e outros peixes também permaneciam ali para pescar!

Podemos pescar lambaris usando como iscas restos de comidas feitas no acampamento como: arroz, carnes de churrascos, macarrão de macarronadas, restos de verduras cozidas, restos de frutas, etc. Além de pequenos insetos ao envolto do pesqueiro e até pedacinhos de panos amarelos imitando iscas envolvendo o anzol. Podemos usar até mesmo pequenos pedaços da carne do próprio lambari, insetos como os cupins e suas larvas e seus ovos. Serve também, pedacinhos de carne seca, de salsichas, de tripas e coração de frango, de coração de boi, etc.

Receita para fritar lambaris:

Vivos ou frescos retire as escamas e as vísceras dos lambaris. Não retire as cabeças e rabos. Lave-os bem. Numa vasilha faça um molho fino (bem líquido) com sal a gosto, limão e molho de alho*. Coloque os peixes na vasilha com o molho para que abosrvam os temperos e deixe-os ali por uns 30 minutos ou mais um pouco. Numa frigideira de borda alta e sem tampa adicione óleo de soja ao nível aproximado de 2cms de altura e acenda o fogo. Antes de fritar os lambaris, passe todos e aos poucos na farinha de trigo. Em seguida frite a quantidade de no máximo 10 peixes por vez, dependendo do tamanho da frigideira. Óleo muito quente torra os peixes o que não é recomendável. Muitos lambaris na frigideira resultam em peixes encharcados de óleo. Frite aos poucos! Na falta da farinha de trigo use o fubá extrafino. Sirva com limão, molho de alho ou molho tártaro que feito da mistura de mostarda, maionese, ketchup e creme de leite.

Receita sofisticada de lambaris fritos à milanesa:

Observando a receita acima, siga os passos até o asterisco. Use 3 pratos. Ou seja, o bichinho não pode estar encharcado de água! Para cada meio quilo de lambaris, use 3 pratos. Num prato, bata um ovo no garfo juntamente com a medida de uma xícara das de chá de leite. No segundo prato coloque uma xícara de farinha de trigo. No terceiro prato coloque uma xícara de farinha de rosca. Antes de fritar, passe os peixes escorridos pelo ovo e leite e novamente escorra bem. Em seguida passe os peixes pela farinha de trigo e depois pela farinha de rosca apertando-os e cobrindo-os (apertando) bem. Não se preocupe e não tenha dó, o peixe está morto!

Tanto uma quanto a outra receita servem para quaisquer tipos de peixes escamosos a serem fritos.

Usando o lambari como isca para outros peixes maiores:

Entre outros muitos peixinhos, os lambaris são bastante usados com iscas vivas para a captura dos grandalhões. Independente dos espécimes (lambaris ou outros) o importante é estarem sempre vivos! Ativos nos anzóis grandes, eles atraem os peixes maiores. Ao espetar o bichinho como isca nos anzóis grandes, procure sempre o local mais próximo ao rabo. Se espetar no abdômen ou na cabeça, o peixinho morre e fica inerte!



Para manter o lambarí vivo por um bom tempo depois de pescá-lo, use um samburá deixando-o submerso na água ou coloque-o num balde médio com água fria do próprio ambiente e sob à sombra.


Você que quer ter peixes na sua propriedade:

Se tem uma chácara, sítio e ou fazenda e resolver construir um lago, não se preocupe! Depois de pronto e cheio d’água a natureza se encarrega de tudo. As aves aquáticas (patos) e as pescadoras migratórias (garças) transportam sem quererem sob suas asas e patas as ovas de vários tipos de peixes. Entre eles os bagres, traíras, acarás, tilápias, espécimes dos lambaris, entre outros. Informe-se sobre as criações de peixes ornamentais. É que os lambaris, os acarás e as traíras são bastante vorazes!



Solte os lambaris filhotes:

Se pescar os filhotinhos, eu os solto!

BOA PESCARIA!

Junior. 1/10/2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ACAMPANDO COM CONFORTO








QUASE TUDO SOBRE CAMPING

DICAS PARA ACAMPAR E CAMPING

O CAMPISMO
¨ Era muito mais difícil acampar e pescar nas décadas de 50 e 60. O improviso reinava. Os materiais e tralhas usados eram volumosos e pesados. Tudo era grande, maciço e desajeitado. Alguns equipamentos eram também difíceis de montar. Carregar e ajeitar as tralhas no carro antes das viagens era um martírio. Depois da viagem, já no local do acampamento, tínhamos que descarregar tudo e montar todo o acampamento, que demorava várias horas pra ficar “quase pronto”. Levávamos mantimentos perecíveis e em grande quantidade. O material de pesca também pesava bastante e ocupava muito espaço. Utilizávamos materiais e equipamentos até perigosos de manusear.
¨ Com tanto peso e volume assim, éramos obrigados a utilizar vários carros ou uma caminhonete só para o transporte das tralhas.
¨ Porém tudo era muito divertido. Cansativo e prazeroso!
¨ A partir dos anos 70, isso começou a mudar. Hoje em 2011 temos muitas novidades tecnológicas e praticidade. Proporcionando assim muito conforto e segurança no acampamento selvagem ou não.
¨ Veja o que mudou!

BARRACAS DE CAMPING
¨ Até o final dos anos 60, as barracas de camping no Brasil, eram encomendadas a quem trabalhava com lonas de caminhão. Eram fabricadas com lonas grossas e pesadas tipo encerado locomotiva. Ou eram fabricadas pelos próprios campistas e pescadores. Existiam sim muitos improvisos na época para se fazer barracas. Elas tinham formatos tipo canadenses ou cubos, costuradas com linhas de pesca por máquinas de costura de sapateiros. Uma barraca assim para seis pessoas pesava mais de 50 quilos. Algumas lembravam barracas de índios norte-americanos. As estruturas eram feitas de bambu ou tubos de ferro galvanizados. Além de tudo molhava o tecido com a chuva, dava goteiras e tínhamos que secá-las ao voltar pra casa. Depois de secar, esfregávamos parafina na barraca e com o ferro de passar roupa bem quente impermeabilizávamos.
¨ Nos anos 70 apareceram as barracas Capri e Alba. E tudo começou a mudar para o campista que passou a ter produtos bem acabados, mais leves e mais práticos. Mesmo assim, os materiais usados na fabricação ainda eram pesados. A estrutura ainda era de tubos de ferro. Uma barraca canadense para quatro pessoas pesava mais de 10 quilos e uma barraca bangalô para cinco pessoas pesava uns 35 quilos.
¨ Hoje temos barracas para quatro pessoas tipo iglu que pesam em torno de 3 quilos. E que são facilmente montadas em apenas 2 minutos. Totalmente sintéticas, são feitas com tecidos finos, leves, relativamente resistentes e 100% impermeáveis. Existem também algumas barracas modernas que possuem tecidos térmicos. Custam bem pouco entre R$ 50,00 e R$ 200,00 em média.
¨ Barracas tipo bangalôs atuais para cinco pessoas pesam no máximo 20 quilos. São espaçosas e altas proporcionando conforto em se locomover em pé por dentro delas. Tem dormitórios separados, cozinha e avance. São relativamente resistentes e bem impermeáveis com relação a chuvas. Não são muito resistentes a ventos. Custam por volta de R$ 500,00 nos grandes hipermercados de São Paulo.
¨ As barracas atuais têm uma desvantagem muito grande em relação às antigas. Furam com facilidade. Esgarçam nas costuras feitas por solda plástica e ou com linha. O tecido sintético também tem pouca resistência ao fogo e é bastante inflamável. No caso de furos ou rasgos, use para tapar aquela fita prata que é super resistente. O fundo de algumas dessas barracas são feitos de plástico PVC flexível que podem ser reparados com cola de PVC rígido (cola de cano hidráulico em PVC). Use pouca cola, remendando com outro pedaço de PVC flexível.
¨ Qualquer barraca (de lona ou plástica) pode apresentar vazamentos de água de chuva nas soldas ou costuras. Para reparar, use scotchgard 3M em spray tanto externamente quanto internamente. Siga as instruções do rótulo da latinha. Cuidado! É muito tóxico até secar! É bastante eficiente. Reaplicar uma vez por ano.
¨ A maioria das barracas modernas tem varetas de fibras sintéticas como estrutura. Isso facilita muito ao montar. Além do fato de serem muito mais leves que tubos de ferro das barracas antigas.
¨ Antes de comprar uma barraca nova, pesquise os preços nas grandes lojas do ramo, principalmente nos grandes magazines e hipermercados. A Capri e a Nautika ainda fabricas barras de ótima qualidade. Nos meses chuvosos, fora de temporadas e de frio os preços tendem a ser bem menores!

LONAS PARA CAMPING
¨ Era comum o uso de lonas (encerados locomotiva) para cobrir acampamentos. Ou seja. Cobrir acampamento com mais de uma barraca. Perfazendo assim um tipo de cobertura modelo circo sobre as barracas. Isso proporciona mais conforto para os campistas e seus familiares.
¨ Diferentemente as lonas antigas (8,00mts X 8,00mts) que pesavam até 50 quilos e eram amarradas com cordas, as de hoje são vendidas em hipermercados e lojas do ramo. São sintéticas, algumas muito resistentes, tamanhos padronizados, 100% impermeáveis, já vêm com ilhoses para amarração e principalmente levíssimas. As cordas antigas, grossas e pesadas podem ser substituídas hoje por cordas elásticas (aranhas de motos) já com ganchos nas pontas, que facilitam em muito o esticamento e armação das lonas plásticas em árvores, espeques, etc. Existem em vários tamanhos e qualidades. Prefira as plásticas trançadas. ¨ A desvantagem das lonas plásticas é resistência a rasgos e furos. Existe um tipo de lona plástica vendida em hipermercados que parece um tecido tramado. Normalmente na cor azul. Essas são as melhores. Já vem com ilhoses também. O cuidado mais importante é colocar um tufo de plástico ou tecido na ponta do mastro de esticamento/levantamento central do circo para não furar ou rasgar. Caso ocorram furos ou rasgos, estes são facilmente remendados usando vários tipos de fitas adesivas existentes no mercado (melhor a prata).
¨ Muitos campistas usam lonas como cobertura para carros nos acampamentos, como avances, além de coberturas para as próprias barracas.
¨ Nos dias de frio e chuva, essas lonas montadas como circo quebram o maior galho. Evitam a friagem e pode-se até mesmo fazer um churrasquinho sem se molhar.
¨ Uma boa idéia também é o uso de gazebos. Aquelas coberturas plásticas mais comumente usadas em praias.

COLCHÕNETES DE CAMPING
¨ Antes, dormíamos em colchões de espuma (volumosos). Depois em colchonetes feitos com estopa também volumosos, duros e desconfortáveis. Agora usamos colchões a ar. Estes sim são excelentes e muito confortáveis! Existem os infláveis tamanhos: solteiro e casal, várias medidas de largura e altura. Os mais baratos custam R$ 30,00 em média. Os mais caros com bomba de ar embutida custam uns R$ 100,00. Para encher colchões a ar, podemos usar um mini compressor 12V ligado no acendedor de cigarros do carro ou mesmo uma bomba de ar manual vendida por no máximo R$ 20,00. Tudo pode ser encontrado em hipermercados e magazines e internet.
¨ Quanto aos reparos de furos (difíceis de ocorrer), nas maiorias das embalagens dos colchões a ar já vêem um ou mais pedaços (remendos) do mesmo material para ser colado no local danificado. Para fazer esse tipo de remendo, usa-se também, cola para tubos de PVC flexíveis (piscinas plásticas) ou rígidos tubos hidráulicos. Use pouca cola para reparar e retire o excesso quando juntar as duas partes. Somente encha o colchão após umas 6 horas após a soldagem. Ideal são 12 horas de secagem.
¨ Normalmente os colchões para solteiros e para casais têm normalmente 1,90mts de comprimento e diversas medidas de largura e altura. Os de solteiros existem larguras de 0,60mts, 0,70mts até 0,80mts. Os de casais existem entre 1,00mts até 1,40mts.
¨ Muitos campistas preferem comprar dois colchões para solteiros a um de casal. Isso pela vantagem de acondicionamento dentro do carro para transporte e uso, acondicionamento no interior das barracas e até mesmo campistas que não sejam casais.
¨ Muita gente usa esse tipo de colchão para acomodar visitantes em casas Quebra o maior galho quando não se tem espaço ou camas sobrando.
¨ Evite usar esse tipo de colchão como bóia flutuante. Eles não foram fabricados para isso. Risco de acidente e afogamento.
¨ Não pule sobre os colchões. Eles tendem a se deformar! Mantenha afastado do fogo e calor excessivo.

ILUMINAÇÃO PARA CAMPING
¨ Lembra das tochas a querosene? Lembra dos lampiões a querosene, dos a carbureto de cálcio ou dos a gás GLP? Lembra ainda das lanternas refletoras a carbureto de cálcio e os a gás GLP? E das lanternas de mão com pilhas descartáveis? Tudo isso é passado mesmo! Eram pesados, volumosos e caros.
¨ Já nos anos 80 passei a usar lâmpadas fluorescentes nos acampamentos. Em uma pequena calha específica, instalei duas lâmpadas fluorescentes tubulares retas de 15W em conjunto com dois inversores de potência (reatores) 12V/20W cada. Instalei um interruptor para cada lâmpada e uns 10 metros de fio duplo polarizado (aquele que um é vermelho+ e o outro preto-). Ligando os fios diretamente na bateria do carro, apenas uma lâmpada de 15W é mais que suficiente para iluminar uma grande área no acampamento. O fato de ter duas lâmpadas na luminária se da em ter reservas. Pode-se usar uma lâmpada 15W durante toda noite sem se preocupar com o descarregamento da bateria do carro, pois o consumo é mínimo. No entanto, é aconselhável ligar o carro e funcioná-lo por uma hora ao final de todas as tardes e também nas manhãs caso o uso da bateria seja também para outros fins. Eu uso essa luminária até os dias de hoje, porém com inversores (reatores) modernos que são mais econômicos. Esse tipo de luminária é muito eficiente, durável, barata (+ ou – R$ 50,00 você montando) e prática. Procure usar na luminária uma lâmpada tipo branca fria e outra tipo luz do dia. A branca fria, apesar de menos clara, atrai menos insetos. Lugares com muitos insetos (borboletinhas noturnas, mosquitos e marimbondos) recomenda-se envolver a lâmpada com um papel celofane amarelo encontrado em papelarias.
¨ Para diminuir ainda mais o custo e também espaço, pode-se usar em uma luminária redonda específica, uma lâmpada fluorescente tubular circular tipo luz do dia de 22W com inversor (reator) 12V/20W, além do cabo duplo polarizado. Lembre-se de instalar um conector tipo jacaré na ponta de cada cabo que vai até os pólos da bateria do carro, tanto para esse caso quanto para o anterior (2x15W/12V). O fio vermelho que sai do inversor deve ser ligado somente no pólo positivo da bateria do carro. Evite errar, ligando o fio preto ou marrom no pólo positivo da bateria, evitando assim a queima do circuito eletrônico da luminária. Ou seja, não inverta as polaridades!
¨ Existem a venda (R$ 20,00) em São Paulo, lâmpadas fluorescentes compactas 12V/15W ou 12W/20W (semelhantes as residenciais) que enroscadas num soquete comum E-27 e com cabos duplos polarizados, que podem ser ligadas diretamente na bateria 12V do carro. Esse tipo de iluminação tem baixíssimo custo e pequeno volume. É muito eficiente e durável. Leve uma ou mais lâmpadas reservas. Acomode a lâmpada em uma caixa de papelão com proteção anti-impacto. O pólo central da lâmpada e do soquete é o positivo. Devendo este ser ligado com o cabo vermelho até o pólo positivo da bateria do carro. Identifique na lâmpada, escrevendo que seu uso é somente em 12V bateria de carro, para que ninguém a ligue no 110V ou 220V em casa. Queima na hora!
¨ Temos ainda luminárias residenciais de emergência com duas lâmpadas fluorescentes de 8W cada que podem ser ligadas em baterias 12V ou redes residenciais 110V e 220V. Todas têm um interruptor de escolha para acender uma ou as duas lâmpadas. Essa luminária só acende depois de recarregada e depois desconectada da fonte de energia, seja 12V, 110V ou 220V. Por ser de emergência, ela possui uma bateria recarregável. Com uma lâmpada ligada, fica acesa por até 6 horas. Com duas lâmpadas ligadas, fica acesa por até 4 horas. Depois da primeira carga que deve ser de 24 horas, as demais recargas podem ser de 8 horas cada. Essa luminária tem a vantagem de poder ser levada para qualquer parte do acampamento ou beira de rio sem o uso de cabos elétricos. Serve tanto para o camping quanto para uso em casa. Mas tem a desvantagem de ter que ficar ligada em casa 24h/dia. E também o pouco tempo de vida útil da bateria recarregável (+ ou – 2 anos). Custa mais ou menos uns R$ 40,00 uma luminária de emergência de boa qualidade.
¨ Quando uma lâmpada fluorescente (seja ela qual for o modelo) apresentar escurecimentos nas extremidades das partes de vidro, significa que vai queimar em breve. E hora de ter uma de reserva sobressalente. Depois de muitos anos usando lâmpadas fluorescentes em acampamentos, percebi que as da Phillips, GE, Osran e Sylvania (pela ordem) são as mais eficientes e mais duráveis.
¨ Um inversor (reator) 12V para lâmpadas fluorescentes de 15 e 20W, 30 e 40W poder ser comprado em lojas de materiais elétricos, de iluminação, de peças para caminhões e ônibus além de ser facilmente encontrado na rua Santa Ifigênia em São Paulo. Custa entre R$ 10,00 e R$ 20,00 cada. Evite dar partida no carro com a luminária ligada!
¨ Temos agora a nova sensação do momento que é a luminária com lâmpadas de LED. Existem no mercado vários tipos e modelos de luminárias com LED 12V. Existem as próprias luminárias para campings e as de emergências também. A grande vantagem é o baixíssimo consumo de energia elétrica. Dependendo do tamanho e quantidade de lâmpadas LED no interior da luminária, pode-se usar uma durante vários dias sem a necessidade de recarregar baterias internas ou a do carro. Além disso, a iluminação é muito eficiente. A potência da iluminação desejada dependerá da quantidade de lâmpadas LED no interior da luminária. Por isso, é conveniente ver, pegar e testar antes de comprar. Procure também na internet “iluminação solar”.
¨ Falando agora sobre lanternas de mão, hoje utilizo com pinhas grandes e recarregáveis. Utilizo lanternas com sistema eletrônico de recarga de pilhas recarregáveis em 12V, 110V ou 220V. As pilhas recarregáveis podem ser recarregadas de 300 a 1000 vezes dependendo da marca, proporcionando muita economia na hora de acampar. Além disso, posso usar essas pilhas em outros aparelhos eletrônicos. Utilizo lanternas com lâmpadas de Kripton que são muito potentes (400mts de foco). Esse tipo de lanterna também possui uma lâmpada fluorescente 6W ao lado, sinal sonoro e piscas de alerta na cor azul e vermelho. É ótima para várias situações! Podemos ainda utilizar carregadores de pilhas recarregáveis que podem ser conectados em redes 110V ou 220V e também 12V(bateria do carro) que é ideal para camping. Existem carregadores para todos os modelos de pilhas recarregáveis. Dê preferência para os de marcas renomadas e com o sistema inteligente que se desliga ou indica quando a pilha estiver totalmente recarregada. Prefira ainda as pilhas 1,2V de alta carga das marcas Sony, Panasonic ou Philips e as compre de revendedores renomados. Existem muitas marcas falsificadas. Cuidado o barato sai caro! Máquinas fotográficas digitais exigem pilhas AA recarregáveis de no mínimo 2500mAh. Tenha sempre em mãos o mínimo de 4 pilhas recarregadas para sua câmera digital. Ao final do acampamento, é bom descarregar as pilhas antes de guardá-las por longos períodos. Dessa forma, vão durar muito mais tempo.
¨ Temos ainda no mercado, lanternas de mão que funcionam com recarga a dínamo. Ou seja! Bastando chacoalhar a lanterna (ou girar uma manivela) por algum tempo para recarregar a sua bateria interna e assim acender a lâmpada. Não são muito eficientes. Tem baixa luminosidade e sua bateria acaba rapidamente obrigando o seu usuário a fazer o recarregamento por várias vezes.

COZINHANDO NO CAMPING
¨ Ninguém mais se mata na cozinha do acampamento. Existe grande variedade de alimentos semi- prontos que facilitam a vida do cozinheiro e que também são saborosos.
¨ Nos supermercados, temos arroz semi-pronto com vários sabores, deliciosos, bastando apenas colocar na panela com água. Temos carnes e peixes secos e enlatados, feijão e feijoada enlatados, embutidos curados ou defumados, patês, macarrões quase prontos, inúmeros molhos prontos, legumes em conservas, sopas em saquinhos, queijos que não precisam de refrigeração, doces secos ou em calda, Paes e biscoitos, etc. Enfim uma infinidade de pratos e guloseimas práticas de preparar.
¨ Muitos praticantes de campismo levam alguns pratos prontos feitos e congelados em casa como feijão, molhos, molhos para macarrão, carnes assadas ou cozidas, temperos prontos, doces, legumes cosidos e congelados, pernil assado, e aí vai!
¨ Esses pratos prontos ou semi-prontos facilitam em muito, principalmente na primeira alimentação do dia de acampamento. É nesse dia que estamos cansados da viajem e da montagem do acampamento.
¨ Fora tudo isso, temos ainda os famosos churrascos. Esse não tem jeito de antecipar! Só na hora mesmo!
¨ Só não podemos nos esquecer de cuidar do lixo. Depositar o lixo em local de coleta ou trazer de volta pra casa. Por isso, não podemos esquecer de levar para o acampamento os saquinhos plásticos.



¨ No mercado hoje temos um grande número de modelos de fogareiros e fogões a gás GLP para camping. Em lojas do ramos de camping, hipermercados, magazines e internet podemos encontrar o que de mais útil e prático para o tipo de acampamento. Os mais usados continuam sendo os fogareiros com uma ou duas bocas usando-se normalmente com botijão de 2 quilos de gás GLP. Prefira comprar o de duas bocas com abas laterais e tampa que protegem as chamas dos ventos. A quem prefira os fogareiros tipo mini (compacto) de uma boca que utiliza cartuchos descartáveis de gás butano. As desvantagens desse último são: a pouca resistência ao peso de panelas maiores, o equilíbrio e a pouca capacidade de gás que é de 200g aproximadamente. Temos ainda no mercado as espiriteiras a álcool, combustíveis gel e querosene. A empresa Dako ainda fabrica um pequeno fogão a gás com duas bocas e forno o que é excelente. Para camping com energia elétrica 110V ou 220V podemos também usar fogareiros e fogões elétricos com uma ou duas bocas. Além desses todos temos ainda os fabricados em fundo de quintais e os artesanais feitos manualmente com embalagens (latinhas) metálicas de vários produtos. Alguns campistas mais velhos e românticos preferem até os dias de hoje, fazer no próprio camping um pequeno fogão improvisado a lenha usando pedras, barro, ferro, grelhas, etc. Dá um pouco de trabalho, porém o sabor da comida é outra coisa! A os que levam para o camping uma chapa de ferro fundido de duas ou três bocas de fogão a lenha profissional e assim montar sobre a estrutura de pedra e barro improvisados feitos no local.



ENERGIA ELÉTRICA NO CAMPING
¨ Hoje temos mini geradores a gasolina com saídas 12V/110V ou 12V/220V que pesam uns 12 quilos. E placas solares que geram energia elétrica e recarregam baterias 12V. Esse último ainda é bem caro! Os geradores a gasolina têm em média uma autonomia de uma hora e meia de uso para um litro de combustível. Podemos montar um gerador caseiro, usando um motor (o menor possível) a gasolina de cortador de grama que movimentando (estudar polias) um dínamo de fusca vai certamente gerar 12V recarregando assim a bateria do carro, além de funcionar vários outros aparelhos e geladeiras 12V. Ou 110V e 220V com o uso também em conjunto de um inversor de potência entrada 12V e saída 110V ou 220V com no mínimo 800W de potência. Esse inversor de potência é relativamente caro. Na internet existem vários esquemas para construir um caseiro e bem eficiente. Com esse aparelho (inversor) no acampamento você pode ligar TVs, Laptops(com estabilizador), liquidificador, batedeira de bolo, frigobar comum, ventilador, etc., até a potencia máxima de 600W.

MESAS E CADEIRAS PARA CAMPING
¨ Levar tudo isso para o acampamento? Pode sim! Várias lojas do ramos, magazines e internet oferecem para venda mesas e cadeiras dobráveis exclusivas para camping. São leves, portáteis e resistentes. Não são muito caras. Algumas mesas ao abri-las, aparecem um pequeno armário para guardar mantimentos. Alguns kits dobráveis contêm mesa, bancos (4) e guarda sol tudo num só produto.
¨ Existem inúmero tipos de cadeiras para camping. Existem os banquinhos, cadeiras de pescador, cadeiras de praia, etc.
¨ O importante é tudo ser leve e compacto para o campista.
¨ Que tal uma rede de dormir também?

PANELAS, PRATOS E TALHERES PARA CAMPING
¨ Era um sufoco separar, carregar o carro e levar todas as panelas, pratos, copos e talheres para os acampamentos. Hoje isso mudou bastante.
¨ Na internet e lojas de pesca, podemos encontrar kits impressionantes.
¨ Eu por exemplo tenho um kit em alumínio que contem: duas panelas grandes, uma média, uma pequena todas com tampas. Tem ainda uma frigideira e um escorredor de macarrão. Têm também quatro pratos, quatro copos, uma concha, uma escumadeira e dois cabos moveis para panelas. Já vi para vender, vários tipos de kits para camping para todos os gostos, necessidades e bolsos.
¨ Numa pequena caixa plástica flexível com tampa coloquei duas facas de cozinha, talheres de mesa para seis pessoas, duas colheres grandes e duas pequenas, abridor de latas, seis copos, amolador de facas, etc. Assim tudo fica num só lugar!

ÁGUA NO CAMPING
¨ Só de pensar em ir até a beira do rio ou torneira para trazer baldes com água até a barraca, dava uma moleza!
¨ Hoje uso um garrafão de 20 litros onde adaptei uma torneirinha plástica normalmente usado em filtro de barro. Encho o garrafão, coloco deitado sobre uma mesinha ou banquinho, abro a torneirinha e tenho água por até 2 dias. A torneirinha sai pouca água, mas o suficiente para cozinhar, lavar panelas, pratos, talheres, beber, etc. Depois de usar panelas, pratos e talheres, deixamos de molho com um pouco de detergente para amolecer. Assim usamos pouca água para lavar tudo.
¨ Já vi para vender, bolsas plásticas de 10 litros, flexíveis e dobráveis e com tampa para carregar água. Achei interessante! Parece um saco plástico bem resistente com alça e tudo mais.
¨ Outra idéia genial, foi ver um conhecido meu usar bomba d’água de aquário 12V para trazer água do rio até o acampamento usando um mangueira relativamente fina. Ele sempre acampava bem próximo ao rio, colocava o carro entre o rio e a barraca, colocava uma extremidade da mangueira com filtro na água do rio, conectava a mangueira até a tal bombinha d’água que ficava dentro da barraca e ligava dois fios na bateria do carro. Assim ele acionava um pequeno interruptor ao lado da bombinha, e tinha água a vontade dentro da sua barraca bangalô. É claro que o rio tinha água bem limpa. Ele usava essa água para quase tudo, exceto para beber! E se for beber, faça o seguinte: coe a água do rio ou represa em um filtro de papel para café e aplique 2 gotas de Hipoclorito de Sódio para cada 1 litro antes de beber. Se possível ferva a água. Existe no mercado nacional, modelos do bombas (12Volts) próprias para isso!



GELADEIRAS PARA CAMPING
¨ Nas pescarias e acampamentos, outra preocupação é com o gelo. Principalmente se formos acampar por mais de quatro dias. Mesmo levando grandes quantidades possíveis, o gelo mal da para cinco dias.
¨ Hoje em dia, existem muitas alternativas. Existem as soluções baratas, as de custo médio e as mais caras!
¨ Começando pelas dicas, use caixas de isopor de paredes bem grossas (espessas), encha bem de gelo em barras ou pedaços grandes, feche a lacre a tampa da caixa com uma fita adesiva fraca durante a viajem. Compre e leve uma caixa de isopor ou plástica de menor tamanho com bebidas já geladas e cubra com mais gelo.
¨ No acampamento, mantenha preferencialmente todas as caixas juntas, longe do sol, calor e vento. Coloque (se possível) as caixas pequenas sobre a maior que está só com o gelo.
¨ Antes da viajem, congele as carnes, molhos, patês, frios, etc. Coloque tudo dentro de outra caixa térmica plástica ou de isopor ou dentro da caixa com as bebidas e cubra de gelo.
¨ Aos poucos, quando o gelo das caixas menores for acabando, abasteça com as pedras de gelo da caixa grande. Mantenha todas as caixas sempre bem fechadas. Evite abastecer as caixas pequenas antes de ir dormir, ao não ser que seja bastante necessário.
¨ Conforme as bebidas e os congelados vão sendo consumidos e acabando, elimine uma das caixas de gelo.
¨ Se você conseguir uma garrafa de 1 a 2 litros ou outro recipiente de alumínio do mesmo tamanho que possam ser muito bem fechados, coloque dentro o máximo possível de gelo seco. Em seguida coloque essa garrafa com gelo seco bem no meio do gelo da caixa que contém somente gelo. Isso fará com que o gelo normal dure mais 20% do tempo! O importante é manter o gelo sego totalmente isolado do gelo comum.
¨ Muitos sites na internet, vendem geladeiras para camping (cooler) termoelétricas 12V. Elas são ótimas. Mas a maioria só resfriam e não fazem gelo. São eficientes para resfriar somente quando a temperatura ambiente está a baixo de 30ºC. Só resfriam bem quando estão à sombra e vento fresco. Consomem muito (6 ampéres por hora em média) de uma bateria (70 ampéres) de carro. O carro que deve ser ligado de 6 em 6 horas e funcionar na rotação normal de marcha lenta por uma hora. Desligue a geladeira antes de dormir e religue logo pela manhã, depois de funcionar o carro por uma hora. Desligue a geladeira ao dar partida no motor do carro. Esse tipo de geladeira possui uma ventoinha externa de refrigeração e por isso essa ventoinha deve ficar na direção da parte mais fria do ambiente e ou do vento. Essa geladeira deve ficar na parte mais fria do ambiente. Caso contrário, não vai gelar o suficiente. Normalmente esse produto não dá manutenção. Preferencialmente, coloque as bebidas e outros mantimentos já gelados ou congelados dentro da geladeira antes de ligar e viajar. Compre esse tipo de geladeira de lojas ou de sites conhecidos e seguros que dão garantia do produto. Isso é importantíssimo! Pois trata-se de produto normalmente importado da China. Preferencialmente, procure comprar as geladeiras termoelétricas que de fato produzem gelo e que possam ser ligadas em 12V, 24V, 110V e 220V. Evite comprar as com capacidades menor que 15 litros. As marcas Mobicol e Black & Deker oferecem alguns modelos que prometem resfriar, gelar (fazer gelo) e também aquecer. Pesquise muito bem antes de comprar!
¨ Com o uso de um inversor eletrônico 12V para 110V ou 220V e potência de 1000W (uns R$ 500,00) você pode ligar um frigobar de até 100 litros. Com esses dois, teremos no acampamento um refrigerador de verdade que tem congelador que fabrica gelo. Existem frigobares novos (R$ 650,00) e usados (R$ 250,00) desde 50 litros até 100 litros que podem ser usados no acampamento. Quanto maior a capacidade de litros de um frigobar, maior será o consumo de energia elétrica.
¨ O ideal mesmo é tem um frigobar que funciona com resistência elétrica por sistema de absorção (R$ 250,00). Ele foi fabricado nos anos 70 e 80 pela Consul e é conhecido como ConsulBar ou ConsulJunior ou ConsulHotel. Portanto só se encontra usado. Teste bem antes de comprar! Esse tipo de frigobar é mais econômico para acampamento. Utiliza resistências elétrica 12V ou 110V ou 220V. Não tendo motor/compressor, não existem picos de consumo de energia elétrica de partida de motor que conseqüentemente não vai judiar da bateria do carro. Mesmo assim o consumo desse tipo de geladeira é de 10 ampéres por hora. Se uma bateria tem em média 70 ampéres ela vai durar apenas umas 5 horas, que é cerca de 70% da carga total. Ideal e seguro, é levar uma bateria reserva de 70 ampéres e recarregá-la por uma hora a cada 5 horas juntamente com a bateria que está sendo usada no carro. Como esse tipo de frigobar por sistema de absorção com uma resistência elétrica de 12V/120W você não precisa ter um inversor de potencia, economizando assim uns R$ 500,00 no mínimo. Além disso, esse tipo de frigobar pode ser ligado em 110 ou 220V na tomada de casa com as respectivas resistências elétricas equivalentes.
¨ Os frigobares ConsulCamping e o ConsulTrailer são os ideais para acampamentos. Muitos campistas sonham com esse tipo de refrigerador que funciona a gás GLP, 12V, 110 e 220V. Fabricados pela Consul nos anos 70 e 80, hoje em dia são difíceis de encontrar usados em bom estado de conservação e funcionamento. Funcionando a gás GLP, esse refrigerador por sistema de absorção consome em média 300 gramas de gás por dia “quando funcionando perfeitamente”. Ou seja, no máximo um botijão de 2 quilos por um acampamento de quatro dias num feriadão. Talvez seja possível até mesmo cozinhar com o mesmo botijão. Essa geladeira tem congelador e fabrica gelo. São relativamente pesados e volumosos iguais aos modelos ConsulBar e ConsulJunior e ConsulHotel. ¨ A empresa DOMETIC ELECTROLUX fabrica no exterior e vende no Brasil refrigeradores por absorção novos para camping e trailer que funcionam a gás GLP 12V, 110V e 220V. São excelentes, leves, vários modelos, vários tamanhos, compactos, econômicos, muito eficientes, fabricam gelo e custam caros.

FERRAMENTAS E UTENCÍLIOS PARA CAMPING
¨ Algumas coisas não podem faltar num acampamento. Existe uma ferramenta chamada multifuncional que num só produto contém uma pá, uma enchada, um serrote, um martelo e um facão.
¨ Bom também, dependendo do tipo de acampamento e local, é levar uma faca grande tipo caçador, uma machadinha, cordas, espeques de reserva para barracas, ferramentas básicas para uso geral, martelo, pregos, fitas adesivas, cola instantânea, tubo de silicone, cola de PVC, etc. ¨ Alguns pescadores e campistas tem na tralha uma pequena caixa ou sacola com as feramentas mais usadas em acampamentos.
¨ Tenha sempre um bom canivete multifuncional à mão!

REPELENTES PARA INSETOS
¨ Pernilongos, mosquitos, mosquitos pólvoras, borrachudos, mutucas, aranhas, vespas, abelhas, escorpiões, entre outros, são tormentos num acampamento. As crianças e mulheres sofrem mais.
¨ Além dos repelentes comerciais encontrados no mercado, alguns colegas utilizam incensos de citronela, velas de citronela, talcos canforados na pele, etc.
¨ Conheci um senhor que colocava pequenas pedras de carbureto de cálcio numas latinhas com água em volta do acampamento. Em contato com a água, as pedras produzem uma fumaça e gás que espantavam de fato os bichos. Cuidado! O gás é inflamável.
¨ Sei também que as caixas de ovos de papelão, rasgadas em pedaços pequenos, funcionam como repelente quando queimadas.
¨ Muitos ainda levam no acampamento e usam o bom e velho espiral de queimar. Aquele da fumacinha.
¨ Outros colocam óleos viscosos na pele para que os bichos grudem e não mordam. O óleo de andiróba funciona mesmo!
¨ Já conheci até uma família que acampa no mesmo lugar há anos e acabou plantando citronela e sálvia ao redor do local exato da barraca de camping. A citronela e a sálvia são repelentes naturais e funcionam de verdade! Basta molhar a planta ao amanhecer e novamente ao anoitecer. Assim elas exalam um perfume natural e repelente de insetos.
¨ Eu por exemplo, preparo a seguinte receita para o uso na pele: misturo em 800ml de álcool de ótima qualidade, 10 gotas de extrato ou essência natural de citronela, 3 pedras de cânfora, uma raminho de arruda e uma colher de chá de VickVaporub. Deixo curtir por uns 15 dias. É bastante eficiente!
¨ As vitaminas do complexo B podem ser usadas como repelente contra mosquitos. A vitamina E também! Leiam e informem-se sobre o assunto na internet.

CHUVEIRO SOLAR PARA CAMPING
¨ Chuveiro quente no camping selvagem? Pois é! E tem a venda no mercado. Ou faça você mesmo!
¨ Tenho um da Nautika que muito legal. Você pendura num galho de árvore e toma banho quente. E é quente mesmo! Tanto que não se pode deixar muito tempo ao sol que a água pode até queimar a pele. Trata-se de um tipo de saco plástico térmico espesso que absorve o calor do sol. Cabem uns 10 litros de água e tem um chuveirinho de nylon na parte de baixo que abre e fecha. Muito legal mesmo!
¨ Tem gente que inventa! Com uma caixa plástica (PVC) de descarga de vaso sanitário, dá pra fazer um belo de um chuveiro. Pinte a caixa com tinta epox preto fosco. Na saída de água (abaixo) instale um chuveirinho preferencialmente com um registro abre e fecha. Na válvula de descarga no interior da caixa, coloque um peso (chumbada) para que ela só abra quando você puxar a cordinha. Faça testes! Faça alguns furos a mais na caixa para passar cordas de nylon e assim pendurar numa árvore ou suporte. Furos estes iguais aos que já existem na caixa. Tente colocar num galho de árvore ou suporte onde bata o sol. Acredito também que podemos usar uma garrafa plástica preta (tipo galão de gasolina) para fazermos esses tipos de adaptações e construções. É só alegria!
¨ Outra! Num balde plástico bem resistente ou mesmo num balde metálico ambos pintados de preto fosco com tinta epox e com capacidade para até 10 litros aproximadamente, faça um furo no fundo e instale um chuveirinho daquele do tipo que vem na ponta da mangueira do chuveiro de casa ou outro parecido. Existem uns chuveirinhos maiores. Esses chuveirinhos têm seu próprio sistema abre e fecha. Na parte da alça do balde, coloque um gancho ou suporte para fixar no galho de uma árvore ou suporte que receba sol. Para se molhar ou se enxaguar abra o chuveirinho. Feche o chuveirinho para se ensaboar e ao final do banho.
¨ Existem também, os excelentes chuveiros a gás GLP. Bom banho!

BANHEIRO PORTÁTIL PARA CAMPING
¨ Por uns R$ 500,00 ou menos você pode comprar um vaso sanitário químico portátil de 10 ou 20 litros de capacidade. É muito prático, bastante confortável, e higiênico. Faça uma mini barraquinha de lona plástica para dar privacidade!
¨ Já vi á venda na internet, outros tipos de banheiros com acentos e barraquinhas já prontas. Debaixo do acento, é colocado um saco plástico que pode ser enterrado depois de usado. Esse banheiro é fácil de construir né?

CAMPING COM INFRA-ESTRUTURA E CONFORTO
¨ Existem nesse país vários campings maravilhosos.
¨ Campings com banheiros coletivos e individuais, restaurantes, quadras poliesportivas, playground, piscinas, postes com iluminação e tomadas elétricas para cada barraca, água encanada para cada barraca, com rios e represas, salão de jogos e TV, internet, etc.
¨ Esses campings são ótimos para levar a família inteira por terem segurança e hospitalidade.
¨ Normalmente esses campings estão bem localizados. Próximos a cidades, estradas pavimentadas, hospitais, etc.
¨ Muitos campings assim estão localizados em áreas turísticas. Vale a pela conhecer com tudo isso para aproveitar.
¨ Tudo isso sem mencionar os motorhomes bacanas de hoje.

ACAMPANDO E PESCANDO
¨ Antigamente um motor de popa 25HP pesava uns 70 quilos. Hoje não passa de 50! Os de 15HP têm uns 30 quilos. São hoje mais econômicos e eficientes. Muitos têm ignição e injeção eletrônicas, arranque elétrico e carregador de baterias para também o uso de faróis nas pescarias noturnas.
¨ Temos hoje barcos e botes levíssimos. Alguns são infláveis e rígidos/dobráveis.
¨ As carretilhas e molinetes de pesca são hoje o máximo de leveza, capacidade e eficiência.
¨ Ao contrário das varas de pesca maciças e pesadas de antigamente, as de hoje são extremamente leves, compactas e resistentes.
¨ Com as iscas artificiais de hoje, não é mais necessário nem mesmo as naturais para quase todos os tipos de peixes. Bom né?

DICAS E CUIDADOS NO CAMPING
¨ É muito bom ter e levar uma nécessaire (caixa) de primeiros socorros contendo ataduras, esparadrapo, anticépticos, analgésicos, antiácidos, etc.
¨ Se for usar bóias em rios lagos e represas tome muito cuidado com crianças e também com você mesmo com o que se refere ao uso de bebidas alcoólicas. Cuidado com crianças a beira d’água e próximo ao fogo. Evite deixar crianças sozinhas. Acompanhe de perto as brincadeiras das crianças. Evite acidentes!
¨ Escolha um bom local para montar sua barraca. Evite acampar próximo a leitos de rios com históricos de enchentes. Pois em caso de chuva o rio pode subir repentinamente e assim acontecer uma tragédia. Procure acampar em terreno bem plano, preferencialmente próximo a árvores. Quando acender uma fogueira ou churrasqueira, certifique-se de que não haja por perto produtos plásticos e inflamáveis. Em caso de muito vento, reforce a amarração da barraca aos espeques e nas árvores.
¨ Cuidados com trilhas. Evite fazer trilhar onde não se conhece. Procure ajuda de um guia. Compre e aprenda a usar uma bússola. Leve o celular com a bateria bem carregada. Leve um canivete e caixa de primeiros socorros. Use botas ou tênis e preferencialmente calças compridas. Leve no bolso, uma capa de chuva descartável. Leve água para beber e um pouco de sal. Leve fósforos ou isqueiro.
¨ Nunca corte árvores ou mate animais. Não traga plantas para casa. Não deixe seu lixo espalhado pelo camping. Lixo atrai insetos perigosos ou não e também animais indesejáveis como ratos e gambás.
¨ Guarde e proteja bem os alimentos. A falta de cuidado pode também atrair cães ladrões, insetos e outros bichos.

Agora, vamos deixar de conversa e acampar!

Abraços a todos.